Saudades: História de Menina e Moça ,Bernardim Ribeiro

"Saudades" é o primeiro romance pastoril escrito em língua portuguesa. É também conhecido como "História de Menina e Moça' ou somente "Menina e Moça", em razão da primeira frase do livro: "Menina e moça me levaram de casa de minha mãe para muito longe". Publicado pela primeira vez em 1554, o romance é considerado o precursor do gênero bucólico em Portugal, e por isso tornou-se importante, mesmo que inacabado. A linguagem do romance, semelhante à dos árcades de um século depois e repleta de misticismo, é comparada à da Bíblia, nos cânticos e salmos. O texto agrega elementos das novelas de cavalaria, do romance pastoril e da novela sentimental. O enredo, contado sempre do ponto de vista feminino, desenvolve-se a partir de histórias intercaladas, ligadas todas pelo desencontro amoroso e pelo fatalismo do sofrimento. Quase nada se sabe da vida de seu autor, cujas obras se resumem a dois romances e um punhado de poemas, alguns dos quais constam do Cancioneiro Geral de Garcia e Resende. (Sumário por Leni)

01 - Em que a donzela comeca a sua historia

02 - Em que a donzela vae prosseguindo a sua historia

03 - Da conta que a dona da a donzela de sua vinda aquela terra

04 - Das palavras que a dona com a donzela passou
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05 - Do que Lamentor passou n'aquela parte onde foi aportar com a sua nau, e da batalha que teve com o cavaleiro da ponte, e do que mais lhe sucedeu
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06 - Em que se diz a razão por que o cavaleiro da ponte sustinha aquele passo, e de como sua irman ali veio ter
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07 - Como, depois de partida a irman do cavaleiro da ponte, por aprazer aquele lugar a Lamentor, ordenara fazer ali seu assento
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08 - De como a Belisa vieram em crescimento as dôres do parto, e, parindo uma criança, faleceu
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09 - Do pranto que Aonia fez pela morte de sua irman Belisa
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10 - De como Narbindel, vindo combater com o cavaleiro da ponte, vendo o pranto que se fazia na tenda de Lamentor, entrou dentro para o consolar
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11 - De como se deu sepultura ao corpo de Belisa, e do pranto que com ele fez Lamentor
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12 - Do que sucedeu ao cavaleiro, que saiu da tenda, vencido do parecer e formosura da senhora Aonia
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13 - Em que se diz quem fosse Cruelcia, e do que o cavaleiro passou com seu escudeiro
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14 - De como, partido o escudeiro do cavaleiro da tenda, entrou em pensamentos de como se apartaria dele, e mudaria o nome
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15 - De como Bimnarder soube de um servidor de Lamentor que este ordenava fazer ali uns paços, e do mais que lhe aconteceu com a sombra que lhe apareceu
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16 - De como, estando Bimnarder muito pensativo no que faria, viu de subito vir o seu cavalo fugindo d'uns lobos que o queriam matar
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17 - De como Bimnarder assentou vivenda com o maioral do gado, e do que a donzela passou com a dona em sua historia
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18 - Em que a ama da razao a donzela da cantiga de Bimnarder
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19 - De como conta a ama a senhora Aonia o que vira fazer ao pastor, acabada a cantiga
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20 - Da peleja que o touro do pastor teve com outro alheio, e de como o matou, a qual Aonia estava vendo do eirado
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21 - De que maneira Bimnarder se viu com Aonia
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22 - De como Bimnarder, estando na fresta da camara de Aonia, se pos devagar a ouvir a ama
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23 - Do singular conselho que deu a ama a senhora Aonia, pelo que suspeitou de seus amores
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24 - Em que se conta o mais que a ama passou com a senhora Aonia, acerca de Bimnarder
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25 - De como Bimnarder, pela fresta do aposento de Aonia, lhe falou
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26 - De como Bimnarder, estando na fresta de Aonia, adormeceu, e se lhe foram, por sonho, os pes, e caiu
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27 - De como a ama, sentindo de noite o estrondo da queda, o que sobre isso fez quando foi manhan
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28 - De como, estando da queda Bimnarder muito doente, Aonia buscou maneira por onde o fosse visitar
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29 - De como Lamentor casou Aonia com o filho d'um cavaleiro comarcao, e do que Enis aconselhou a Aonia que fizesse
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30 - De como Fileno, o marido de Aonia, desejoso de a ter em seu poder, a levou de casa de Lamentor muito acompanhada
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31 - Em que se diz da grande dor que sentiu Aonia em seu casamento
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